O Continente sem final feliz
Os amantes de The Witcher já estão acostumados com a ausência de finais felizes no Continente, e a 4ª temporada da série da Netflix não decepcionou nesse quesito. Conforme prometido pela showrunner Lauren Schmidt Hissrich, a nova leva de episódios culminou em um desfecho de tirar o fôlego para Geralt, agora interpretado por Liam Hemsworth, Yennefer (Anya Chalotra) e, de maneira especialmente impactante, para Ciri (Freya Allan).
Separação e jornadas traumáticas
A temporada focou na desintegração da unidade familiar central. Geralt, recém-nomeado cavaleiro pela Rainha Meve, embarca em uma busca incansável por sua filha adotiva, ao lado de novos companheiros como o vampiro Regis (Laurence Fishburne) e a arqueira Milva. Paralelamente, Yennefer assume a liderança das feiticeiras em um esforço para restabelecer os portais mágicos e combater as forças de Vilgefortz. No entanto, é Ciri quem vivencia a trajetória mais brutal, adotando o nome de Falka e se juntando a um grupo de criminosos conhecido como os Ratos.
O massacre dos Ratos e a frieza de Bonhart
O clímax da temporada apresentou uma das cenas mais violentas da saga. O mercenário Leo Bonhart (Sharlto Copley), a mando do Imperador Emhyr, atrai Ciri para uma armadilha e executa os membros dos Ratos diante de seus olhos. A sequência foi concebida para infligir um tormento psicológico profundo, forçando Ciri a testemunhar a morte de seus amigos e de seu interesse romântico, Mistle, de maneiras cruéis. Bonhart, segundo o próprio ator, poupa Ciri por enxergar nela uma espécie de “alma gêmea peculiar” e um potencial para a violência que ele deseja testar. Ele a captura viva, selando o destino da jovem em um futuro sombrio e incerto, nas mãos de um sádico.
O destino de Yennefer e os narradores do futuro
Enquanto isso, Yennefer toma uma decisão drástica. Em uma tentativa de garantir a segurança de Ciri, ela convence Triss a abrir um portal arriscado utilizando o sangue de Vesemir para perseguir Vilgefortz. O resultado é que a feiticeira é transportada para o meio de um oceano revolto, sendo engolida por um redemoinho violento, deixando seu destino completamente em aberto. A temporada também introduziu um elemento metalinguístico com a presença de Stribog e Nimue, figuras que narram a história 100 anos no futuro. Nimue, uma admiradora das baladas de Jaskier, sugere que ela mesma poderá desempenhar um papel fundamental no desfecho da saga de Ciri, indicando que a lenda da Bruxa está longe de ter um fim.
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