Quando Grant Morrison abre a boca para falar sobre qualquer personagem de quadrinhos, o mundo geek para para escutar. Agora, imagine quando o assunto envolve dois nomes gigantes: Batman e Deadpool. De um lado, o Cavaleiro das Trevas, sério, sombrio e metódico. Do outro, o Mercenário Tagarela, caótico, irreverente e totalmente imprevisível. Morrison não apenas comentou sobre ambos — ele analisou o impacto, a personalidade e até a filosofia por trás dos dois ícones.
Vamos mergulhar no que o autor disse e entender por que essas opiniões estão dando o que falar.
Quem é Grant Morrison
Sua importância nos quadrinhos
Grant Morrison é um dos escritores mais influentes da história dos quadrinhos. Conhecido por seu estilo ousado, psicológico e frequentemente metafísico, ele mudou a forma como muitos personagens são retratados. Morrison não tem medo de levar conceitos ao extremo — e talvez seja exatamente isso que faz suas opiniões valerem ouro.
Obras mais influentes
Entre seus trabalhos mais marcantes estão:
- All-Star Superman
- Batman & Son
- Arkham Asylum
- The Invisibles
- Doom Patrol
Morrison sempre trouxe profundidade e camadas inesperadas às histórias, mexendo com simbolismo, psique humana e questões existenciais.
A relação de Morrison com o Batman
Como Morrison redefiniu o Cavaleiro das Trevas

Para Morrison, Batman é mais do que um simples vigilante. Ele é um “mito moderno”, um arquétipo vivo. Em suas histórias, o herói é apresentado não apenas como um homem traumatizado, mas como alguém que transforma dor em propósito.
Durante sua fase no personagem, Morrison abraçou todas as eras do Batman — desde as aventuras sombrias aos momentos mais “surreais” dos anos 60 — e as reinventou como parte da continuidade.
Elementos psicológicos em sua interpretação
O autor gosta de explorar a mente de Bruce Wayne como um ambiente onde trauma, lógica e obsessão convivem. Para ele:
- Batman é um ser humano que se tornou “super-humano” pela força da vontade.
- O personagem opera entre o racional e o simbólico.
- A dor é combustível, mas não definição.
O que Morrison pensa sobre Deadpool
Um personagem fora dos padrões
Quando perguntado sobre Deadpool, Morrison destacou como o anti-herói representa o caos criativo. Para ele, Deadpool é o extremo oposto de Batman: imprevisível, piadista e consciente de ser um personagem.
Logo no início, Morrison revela por que decidiu aceitar esse projeto específico, após negar diversas propostas anteriores:
Eu recuso muita coisa, mas quando Marie Javins, da DC, me ofereceu a chance de escrever Batman/Deadpool, algo despertou em mim. Deadpool é, claro, famoso por quebrar a chamada ‘quarta parede’ e falar diretamente com os leitores, o que imediatamente me deu a ideia de revisitar um antigo fio narrativo solto de 35 anos atrás! De repente, eu estava interessado!
Essa referência remete ao clássico Animal Man #19 (1989), escrito pelo próprio Morrison e ilustrado por Chas Truog, no qual Buddy Baker rompe a realidade e enxerga o leitor — uma das páginas mais icônicas da história dos quadrinhos modernos.
A visão crítica do autor sobre o humor e a quebra da quarta parede
Morrison afirmou que gosta da liberdade narrativa que Deadpool permite, mas reconhece que essa mesma liberdade pode limitar o personagem quando usada sem propósito. Em outras palavras: piadas internas são divertidas, mas precisam servir à história.
Ele também mencionou que Deadpool funciona como um “espelho distorcido da cultura pop”, zombando de tudo sem se levar a sério.
Comparação entre Batman e Deadpool segundo Morrison
Diferenças de personalidade
Morrison enxerga Batman como:
- sério
- disciplinado
- movido por trauma e responsabilidade
Enquanto isso, Deadpool é:
- caótico
- impulsivo
- guiado pelo humor e pela irreverência
É como comparar um cirurgião com um palhaço — ambos lidam com o público, mas com objetivos completamente diferentes.
Abordagens narrativas contrastantes
Batman é terreno fértil para histórias psicológicas complexas.
Deadpool, por outro lado, permite explorar sátira, quebra da quarta parede e liberdade criativa extrema.
Segundo Morrison, ambos têm valor — mas em “frequências” diferentes.
Por que as opiniões de Morrison chamam tanta atenção
A influência de sua escrita filosófica
Morrison é famoso por enxergar camadas onde outros veem apenas personagens. Sua abordagem filosófica faz fãs e criadores repensarem conceitos.
O impacto em fãs e criadores
Sempre que Morrison comenta sobre um personagem, surgem debates sobre:
- interpretação
- essência
- possível futuro narrativo
E claro, sempre rolam teorias malucas — afinal, estamos falando de quadrinhos!
O futuro de Batman e Deadpool na visão do autor
Tendências para novas histórias
Morrison acredita que Batman continuará evoluindo como um ícone psicológico e multifacetado. Cada nova geração reinterpretará o herói, mantendo sua essência.
Como os personagens continuarão evoluindo
Para Deadpool, o autor prevê um futuro cada vez mais ousado — sem medo de abraçar o absurdo, mas buscando equilíbrio entre humor e profundidade.
Conclusão
Grant Morrison não é apenas um roteirista — é um pensador dos quadrinhos. Seus comentários sobre Batman e Deadpool revelam não apenas diferenças entre os personagens, mas também o quanto ambos representam extremos essenciais dentro da narrativa moderna. De um lado, o símbolo da disciplina e da dor transformada em força. Do outro, o avatar do caos criativo e da meta-comédia.
Quando Morrison fala, o fandom escuta. E fica claro que tanto Batman quanto Deadpool continuarão marcando gerações — cada um à sua maneira.
AQs
1. O que Grant Morrison mais admira no Batman?
Sua capacidade de transformar trauma em propósito e sua força de vontade quase sobre-humana.
2. Morrison gosta de Deadpool?
Sim, especialmente pela liberdade criativa, embora faça críticas ao uso excessivo de humor meta.
3. Morrison escreveu histórias envolvendo Deadpool?
Não diretamente, mas já comentou sobre o personagem em entrevistas.
4. Por que as opiniões de Morrison geram tanta repercussão?
Por causa de sua influência e profundidade filosófica dentro do mundo dos quadrinhos.
5. Batman e Deadpool poderiam funcionar juntos em uma história na visão de Morrison?
Ele acredita que funcionariam, mas de forma altamente contrastante — um choque de estilos.
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