Nesse exato momento, milhares de pequenas correntes elétricas, estão correndo por cérebro. O simples fato de estar ouvindo minha voz e ouvindo esse vídeo, gera um tempestade de impulsos e correntes elétricas em seu cérebro que resulta em pensamentos, emoções e consciência.
O nosso cérebro é capaz de reconhecer as formas de uma pintura, as suas linhas e suas sombras de forma imediata. Ele tenta reconhecer rostos em quase tudo o que vemos. Essa tendência se deve ao fato de o cérebro estar acostumado a buscar familiaridade com os objetos baseado em padrões ou formas, mesmo quando a informação é incompleta.
Quando nos deparamos com uma produção artística, o nosso cérebro trabalha para dar forma e significado às informações que chegam a nós. Ou seja, temos uma capacidade inata de organizar formas e padrões de uma maneira que faça sentido.
Outra tendência que o cérebro tem é a de querer estar “dentro” da imagem. Os neurônios-espelho transformam as imagens da pintura em emoções reais. Isso é cognição incorporada.
Por isso, muitas vezes, um leitor ou espectador que lê um livro, um revista em quadrinhos, ou assiste um filme, achar que está participando do que está acontecendo, muitas vezes se emocionando, de acordo com a atmosfera da história que está lendo.
Com base nisso e em outros estudos, e sabendo que a mesma parte do cérebro que fica excitada quando você se apaixona por alguém é estimulada quando você observa grandes obras de arte ou imagens de grande beleza ao ver uma obra de arte ou uma ilustração muito bem feita, desencadeia um aumento súbito da substância química do bem-estar, a dopamina.
Mas, ao se envolver no processo criativo, isso vai muito além. Criar arte, em qualquer de suas variantes, revitaliza o cérebro de maneiras que diferem da simples observação. Ou seja, ser criativo, aumenta a conectividade funcional no cérebro.
Há muitas áreas do cérebro que são ativas quando estamos em um processo criativo. incluindo o Córtex Pré-Frontal, Córtex Frontal, Lobo Frontal, Lobo Occipital Bilateral, e muitos outros. Cada uma delas tem sua participação específica no processamento de diferentes tipos de informação e influenciam diretamente nossa habilidade de perceber ou sentir ‘algo’.
Logo, a primeira lógica a ser seguida com base nessas afirmações, no propósito desse vídeo é:
Comece desenhando algo que você goste e que te atraia.
Como você estará produzindo algo, que para você, é atrativo, você vence facilmente a vontade de desistir. Mas não é só isso. Isso é apenas um auxilio no começo. Evitar desafios, nunca foi uma opção.
Mas ao pegar um trabalho que seja mais difícil de fazer, mesmo que seja complicado, divida o problema em partes, e organize na sua mente, de forma separada, o que irá fazer. Não tente fazer tudo de uma vez. Para isso use a sua imaginação
- Uma dica importante. Salve suas referencias de forma organizada, e não misturada com as diversas coisas em seu computador.
A arte pode ser criativa, mas não deve ser complicada. Ser simples, principalmente no começo.
A imaginação pode ser um super poder, quando aplicado de forma constante. Não de forma a imaginar coisas que não existem, mas para compreender o que existe.
Outra coisa muito importante, é a profundidade no seu treinamento. Você precisa deixar de ser superficial. Muitas vezes isso significa que você é apenas preguiçoso.
Agora que eu te dei os 4 elementos para ajudar o seu aprendizado, vamos para a Técnica de Feyman, que é um método usado por diversos cientistas, professores e grandes empresários quando precisam aprender algo que parece ser muito distante.
Vamos lá:
- Selecione um conceito para aprender. Escolha um tópico que esteja interessado, no nosso caso, defina um estilo, que queira aprender a desenhar ou ilustrar. Hoje, já existem milhares de referencias que você pode se inspirar, nas mais diversas plataformas de arte, ilustração e suas variantes.
- Segundo passo. Ensine a você mesmo sobre esse assunto. Depois de estudar um pouco o estilo que você quer, você saberia, explicar pra outra pessoa, ou no caso, desenhar sem olhar a referencia, e ainda sim seguir o estilo? Na nossa área, isso é mais complicado, já que não queremos copiar nossa referencia, mas também não quere divergir. Nessa situação, certamente você já terá criado seu próprio estilo sem perceber!
- Retorne ao início de seus estudos e ou aos materiais usados e tente observar, se não faltou nada. Preencha as lacunas que ficaram faltado que você, provavelmente, pulou ou não estudou. Nesse passo, vai acontecer algo que já é previsto nessa metodologia, que é o refinamento.
- Simplifique suas explicação e crie analogias. Procure deixar tudo mais simples, revise seu método. Lembre do primeiro poder que te falei? Simplicidade. Deixar as coisas mas claras, faz parte do processo de refinamento. Como um designer, que tem que resolver o problema de uma logo, ou um engenheiro que precisa deixar uma estrutura simples, forte o suficiente para aguentar a construção.
Entender melhor sua mente, te ajudará a desenhar melhor