Inspiração aos 91 anos: O Legado de David Hurn na Fotografia

Aos 91 anos, David Hurn continua a demonstrar uma paixão inabalável pela fotografia, provando que a idade é apenas um número quando se trata de capturar o mundo através de uma lente. Conhecido por registrar momentos cruciais do século passado, incluindo o icônico Sean Connery como James Bond e a histeria da Beatlemania, Hurn se tornou uma fonte de inspiração para fotógrafos em todo o mundo. Em uma reportagem da ITV, o fotógrafo britânico compartilhou seus pensamentos sobre uma carreira repleta de imagens que definiram épocas.

Da Revolução Húngara à Fama Mundial

A jornada fotográfica de Hurn começou em 1956, na Hungria, onde documentou a revolução. Apesar de admitir ter começado sem saber usar sua câmera, ele rapidamente desenvolveu suas habilidades observando jornalistas experientes. Sua carreira o levou a cobrir desde eventos de notícias de grande impacto, como o desastre de Aberfan em 1966 – uma tragédia que ele descreve como seu trabalho mais desafiador –, até o frenesi em torno dos Beatles. Hurn relembra a Beatlemania com um misto de admiração e apreensão, descrevendo a experiência como “aterrorizante” devido ao fanatismo dos fãs.

O Cotidiano como Nova Muse

Após uma vida dedicada a registrar o extraordinário, Hurn encontrou um novo propósito em sua comunidade local. Atualmente, ele é o fotógrafo oficial da revista Tintern News, um periódico local que alcança cerca de 200 residências na pequena vila galesa. Para Hurn, fotografar um evento comunitário é tão significativo quanto fotografar os Beatles. “Na minha opinião, os Beatles não são para mim mais interessantes do que a festa da vila que estou prestes a fazer”, afirma ele, demonstrando uma perspectiva refrescante sobre seu ofício.

Um Legado que Permanece

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Hurn não apenas contribui com a Tintern News mensalmente, mas também compartilha seu vasto conhecimento através de masterclasses para fotógrafos locais. Em troca de ajuda em seu quintal, ele oferece conselhos valiosos, construídos sobre décadas de experiência. “Meu principal problema é que não quero parar de tirar fotos. Eu gosto de tirar fotos”, declara Hurn. Ele vê sua fotografia como uma forma de deixar algo para trás, uma perspectiva que o impulsiona a continuar registrando o mundo, seja ele famoso ou o mais simples cotidiano de sua vila. Sua dedicação e paixão continuam a inspirar, mostrando que a arte da fotografia não conhece limites de idade ou de palco.

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About The Author

By Arthur Willians

Um cara que já passou dos 30, mas ainda é viciado em animes e o mundo da ilustração digital. Agora com a nova meta de divulgar e incentivar o máximo que puder todos a acreditarem nas habilidades de desenho