A Criatividade Limitada da Inteligência Artificial
A inteligência artificial (IA) tem se tornado cada vez mais presente em diversas áreas, desde campanhas publicitárias até a criação de arte. No entanto, uma nova pesquisa sugere que a originalidade criativa não é o forte dessa tecnologia. Estudos recentes indicam que a IA tende a repetir um conjunto limitado de 12 temas visuais, resultando em imagens previsíveis e, por vezes, sem inspiração.
O Jogo de Telefone Visual com IAs
Um estudo publicado na revista de ciência de dados Patterns utilizou um experimento semelhante ao clássico jogo de telefone. Dois modelos de IA, Stable Diffusion XL e LLaVA, foram instruídos a gerar imagens em uma sequência de 100 rodadas, passando a tarefa de um para o outro. Embora os modelos tenham se desviado do prompt original ao longo do processo, o resultado mais notável foi a regressão para um repertório de apenas 12 motivos visuais.
Paisagens e Interiores Genéricos: A “Música Ambiente Visual”
Esses motivos recorrentes foram descritos pelos pesquisadores como uma “música ambiente visual”. As imagens frequentemente apresentavam temas como paisagens pastorais, cenas noturnas chuvosas, praias costeiras e interiores sofisticados. A semelhança com imagens corporativas genéricas e pouco inspiradoras foi um ponto de destaque, evidenciando a dificuldade da IA em gerar diversidade visual, mesmo com milhares de iterações.
A Importância da Arte Humana em um Mundo Artificial
A questão da diversidade em IAs já era conhecida, mas a descoberta de que seus tropos visuais mais comuns podem ser condensados em apenas uma dúzia de temas é alarmante. Em um cenário onde a presença de anúncios gerados por IA e arte sem alma se torna cada vez mais comum, essa revelação reforça a importância da arte criada por humanos. A originalidade, a emoção e a perspectiva única de artistas humanos continuam sendo insubstituíveis na produção cultural contemporânea.
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